Vendas no Dia dos Pais no Rio devem crescer 1,5%, indicam lojistas

Endividamento das famílias e juros altos são apontados como fatores que podem limitar resultados



Por Gustavo Silva — Rio de Janeiro

24/07/2025


O levantamento ouviu 250 estabelecimentos dos setores de vestuário, calçados, joias, relógios, eletrônicos, livros, celulares, artigos esportivos e acessórios masculinos — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo




O comércio do Rio de Janeiro prevê aumento de 1,5% nas vendas para o Dia dos Pais, segundo pesquisa realizada pelo Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município (SindilojasRio). O levantamento ouviu 250 estabelecimentos dos setores de vestuário, calçados, joias, relógios, eletrônicos, livros, celulares, artigos esportivos e acessórios masculinos.


De acordo com o estudo, 75% dos lojistas esperam crescimento nas vendas, 15% preveem estabilidade e 10% projetam queda. A expectativa de queda está ligada à desaceleração econômica na cidade, causada pelo aumento do endividamento das famílias, juros altos e custos operacionais elevados, como o aluguel comercial, que subiu mais de 7% nos últimos 12 meses.


O presidente do CDLRio e SindilojasRio, Aldo Gonçalves, afirmou que o segundo semestre será mais desafiador para o comércio devido à valorização do dólar, alta dos preços internos, elevação dos juros e incertezas geradas pela guerra tarifária, fatores que levaram à revisão para baixo das projeções de crescimento econômico.


A pesquisa indica que o ticket médio para o Dia dos Pais deve ficar entre R$ 150 e R$ 180, com predomínio do pagamento parcelado no cartão de crédito, seguido por cartão de débito, PIX, cartão da loja e dinheiro.


Apesar de não ter a mesma relevância de datas como Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças, o Dia dos Pais é considerado importante por ser a primeira data comemorativa do segundo semestre, além de marcar o início da preparação para o Natal.


– O levantamento também apontou estabilidade nas vendas em relação ao ano passado, mas que o comércio enfrenta desafios como a concorrência com plataformas digitais com preços menores, mudanças no comportamento dos consumidores, juros elevados e menor movimentação comercial no estado em comparação a outras regiões do país – conclui Gonçalves.