Seis são presos por esquema de adulteração de gasolina e óleos lubrificantes em Caxias

Produtos feitos clandestinamente tinham produção em larga escala, com marcas e rótulos próprios


Por: O Dia

Publicado em: 25/06/2025

O material será encaminhado para a destinação correta no Instituto Combustível Legal (ICL)

Reprodução

Seis pessoas foram detidas, nesta terça-feira (24), por envolvimento com um esquema de adulteração de gasolina e óleos lubrificantes em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As prisões aconteceram durante uma ação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Polícia Civil e outros órgãos do Governo do Estado.


Um dos suspeitos é apontado como responsável pela manipulação dos produtos. Os agentes prenderam o homem, que vinha sendo monitorado, na Rodovia Washington Luiz, a caminho de um ponto de produção, onde as outras cinco pessoas foram detidas.


A ação resultou ainda na apreensão de 1.440 embalagens de óleo para motor e 13 mil litros de combustíveis, como etanol, diesel e gasolina, que seriam utilizados para manipulação dos produtos comercializados.


A investigações, iniciadas há cerca de um mês, indicam que caminhões traziam de São Paulo compostos químicos, que passavam por fábricas clandestinas de produção de óleos - sem a devida Inscrição Estadual - antes de serem destinados a postos e lojas de autopeças da Baixada.


Durante as diligências, as equipes identificaram uma fábrica principal, uma menor, localizada na comunidade Vai Quem Quer, e um galpão de distribuição no bairro Figueiras – todos foram interditadas.


Os agentes, que usaram drones para vigiar a atividade ilícita, descobriram também que os lubrificantes eram produzidos em larga escala e tinham até marcas e rótulos próprios.


Todo o material será encaminhado para o Instituto Combustível Legal (ICL), para a destinação final correta. As equipes vão analisar os documentos apreendidos a fim de identificar outros participantes do esquema, como fornecedores e revendedores, o que pode ocasionar autos de infração e cancelamentos de inscrições estaduais.


Também participaram da operação a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Secretaria de Estado da Fazenda.