Juliana Marins morreu por traumas causados em queda, confirma laudo da Polícia Civil

Autópsia, no entanto, não precisou quanto tempo ela sobreviveu após acidente


Por: O Dia

Publicado em: 09/07/2025

Juliana Marins morreu após cair em trilha na Indonésia

Reprodução/Redes sociais

A Polícia Civil do Rio confirmou que Juliana Marins, publicitária de Niterói, morreu devido a diversos traumas sofridos em queda na trilha que fazia pelo Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, em junho. A informação foi publicada pelo portal "g1".

 

O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML), divulgado nesta terça-feira (8) a partir de exame cadavérico, cita hemorragia interna causada por lesões poliviscerais e politraumatismo “compatíveis com impacto de alta energia cinética”.


A causa já tinha sido apontada em autópsia realizada por um médico-legista no país asiático. Já em relação ao tempo em que Juliana, de 26 anos, permaneceu viva, o profissional falou em 20 minutos após os traumas, mas não soube identificar se foi a primeira queda ou uma outra a responsável pelos ferimentos que provocaram o óbito. O documento da Polícia Civil também estimou uma sobrevida de minutos, mas não precisou o período que a niteroiense ainda resistiu depois do impacto fatal. As condições nas quais o corpo chegou ao IML, embalsamado, teriam impedido uma definição mais certeira.


Depois de chegar ao Rio na noite de 1º de julho, o corpo de Juliana passou pela segunda autópsia na manhã seguinte. Já no dia 4, ela foi sepultada, embora a família pensasse inicialmente em cremá-la.


Na ocasião, os parentes explicaram que a mudança de planos se deu devido à morte "suspeita" e à possibilidade de exumação para novos exames.


Descaso no resgate

No dia do sepultamento, Manoel Marins, pai de Juliana, conversou com a imprensa e lamentou a demora no resgate. Ele afirmou que o parque onde ocorreu o acidente não contava com ao menos um helicóptero: "O que eu soube é que eles têm um helicóptero para resgate que fica em Jacarta, que é longe de Lombok. O parque entrou em contato com o serviço de Defesa Civil muito tempo depois, se tivesse entrado em contato logo, o desfecho seria outro. Se a Defesa Civil tivesse sido acionada imediatamente, certamente teria tempo de chegar lá. Os protocolos do parque são muito mal feitos".

Manoel também destacou a agilidade do Corpo de Bombeiros no Brasil em comparação ao serviço prestado na Indonésia.

"Nós vivemos em um país em que estamos acostumados a um resgate pronto e imediato, quando alguém sofre acidente vemos nossos bombeiros chegando rapidamente para o socorro. Mas lá, eles não têm recurso. Se os voluntários não tivessem chegado, Juliana não teria sido resgatada, porque a Defesa Civil só conseguiu chegar a 400 m, e ela estava a 600m", disse.


O acidente


Juliana desapareceu após cair da trilha no Monte Rinjani no último dia 21. Na ocasião, foi localizada no sábado (21) por turistas espanhóis que passaram a monitorá-la, fazendo fotos e vídeos, inclusive com uso de drone. As imagens mostram a niteroiense sentada em uma área inclinada, aparentemente com dificuldade de se levantar e retornar.

Segundo o Parque Nacional do Monte Rinjani, as condições climáticas impediram o uso de helicóptero para o resgate, porém sete socorristas conseguiram se aproximar do ponto onde a vítima se encontrava na segunda-feira (23). No entanto, eles tiveram que montar um acampamento no local ao anoitecer. Na terça (24), a morte foi confirmada.