Família pede por justiça um ano após feminicídio na Barra; ex-marido continua foragido

Nádia Aparecida Alves Lage, de 54 anos, foi morta a facadas no dia 8 de agosto do ano passado

Por: Redação

Publicado em: 08/08/2025

Rio - Familiares de Nádia Aparecida Alves Lage, de 54 anos, morta a facadas na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, buscam por Justiça um ano após o crime, que aconteceu em 8 de agosto do ano passado. Até esta sexta-feira (8), o principal suspeito, o ex-marido da vítima, Eduardo Henrique Lage, de 56 anos, continuava foragido.

A filha do casal, Sarah Alves, disse esperar que o pai seja preso. "Acredito que possam encontrar ele, mas torcemos para que ele seja preso e continue, porque hoje em dia muitos assassinos são soltos", declarou.

Sarah contou que não tem sido fácil lidar com a partida da mãe, que deixou outros dois filhos. "Tem sido um ano muito difícil para nossa família, ainda mais que ela deixou um filho adolescente que não pôde terminar de ser criado pela mãe", lamentou.

Nádia era empregada doméstica e trabalhava para sustentar os filhos. "Se um dia eu tiver metade da força que a Nádia tinha, eu vou me tornar tão feliz. Ela era um ser humano de luz, ajudava mesmo os que a perseguiam seguindo o que ela acreditava, era uma mulher guerreira que levantava 4h30 para não deixar faltar o pão de cada dia (até mesmo para quem a machucou)", lamentou a filha.

Nas redes sociais, uma sobrinha lembrou da vítima com carinho. "Hoje faz um ano que minha tia foi assassinada, um ano que o assassino não foi pego ,está vivendo a vida dele por aí ,e os filhos e alguns da família estão sofrendo pela perda, pela falta da Justiça, que nada faz. Todos os dias sinto a falta dela, lembro dela em todos os momentos. Ela foi a minha mãe ,tia e parceira, mesmo me dando várias broncas, eu sabia que podia contar com ela", afirmou.

De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), diligências seguem para localizá-lo.

Relembre o caso

Nádia foi esfaqueada na Avenida do Pepê, na altura do número 600, na Praia da Barra. Ela e Eduardo mantiveram um relacionamento por quase 30 anos e, na época, estavam separados havia apenas dois meses.

Na ocasião, Sarah revelou  que o pai chegou a enviar uma mensagem confessando o assassinato. Ainda segundo a filha, Eduardo passou a apresentar sinais de violência após o fim do casamento.

"Eu desconfio que ele tenha esperado ela sair do trabalho e a atraído para uma área deserta da praia. Me lembro que teve uma única vez em que ela pediu medida protetiva e, depois disso, ele tentou contra a própria vida", contou.

Depois de matar Nádia, Eduardo roubou o celular dela e expôs fotos íntimas da ex-mulher em um aplicativo de mensagens.