Em 5 meses, mil transformadores queimaram por sobrecarga gerada por ‘gato de luz’ no RJ, diz Light

Na Baixada, os municípios com mais casos de furto de energia são Belford Roxo, Japeri e Queimados

Por: Thaís Espírito Santo, G1

Publicado em: 12/11/2025

Mais de mil transformadores queimaram em 5 meses por conta de sobrecarga por conta do excesso de “gatos” de luz elétrica na área administrada pela Light no Rio de Janeiro, de acordo com a concessionária.

O levantamento, com total de 1.320 ocorrências, é de dezembro de 2024 a abril de 2025. Foram mais de 400 mil clientes impactados com a falta de energia decorrente dos incêndios.

A concessionária estima ainda um prejuízo de R$ 1,3 bilhão por ano por furto de energia elétrica. Nessa conta, não entram gastos com reparos de equipamentos que queimaram por conta da sobrecarga da rede.

A Light atende a 31 municípios do estado do Rio, o que representa 73% da população, e uma outra estimativa aponta que 40% da energia é furtada – ou seja, a cada 100 clientes, 40 não pagam conta de luz.

O montante de energia furtada é suficiente para alimentar a rede elétrica do Espírito Santo por um ano, de acordo com a concessionária.

A Light aponta ainda que entre os bairros com mais casos de gato na capital, estão Pavuna (68%), Bangu (55%) e Ramos (55%). Na Baixada, os três primeiros no ranking são os municípios de Belford Roxo (68%), Japeri (62%) e Queimados (55%).

Já em áreas de risco, o Complexo da Maré lidera, onde cerca de 87% dos clientes não pagam luz. Depois, vem a Vila Aliança, com a média de 85%.

Para tentar diminuir a inadimplência, a concessionária tem testado um projeto de tarifa fixa em comunidades social e financeiramente vulneráveis. A Light tem mapeado cerca de 1,5 mil comunidades na área de concessão.

O teste começou em fevereiro deste ano nas comunidades do Chapéu Mangueira e Babilônia.

A tarifa fixa é de R$ 90 nesses locais e mais de 900 famílias já aderiram ao projeto. O próximo destino é uma comunidade de Duque de Caxias.

Além disso, para o verão, a concessionária tem feito manutenções preventivas e registrou um aumento de 46% na operação em relação ao ano anterior.