Beija-Flor é reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial de Nilópolis

Rua onde fica a quadra da agremiação terá o nome da escola


Por: Extra

Publicado em: 09/07/2025

Integrantes da escola exibe a placa com nome da nova avenida — Foto: Divulgação/Eduardo Hollanda/Beija-Flor de Nilópolis

A Beija-Flor de Nilópolis foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da cidade. A homenagem foi prestada Câmara Municipal em solenidade solene realizada nesta segunda-feira. Na mesma ocasião os vereadores aprovaram a inclusão do símbolo da agremiação na Lei Orgânica da cidade assim como a iniciativa de dar o nome da escola à via onde está localizada sua quadra, cujo nome antigo é Rua Pracinha Wallace Paes Leme.


A sessão contou com a participação de figuras emblemáticas da agremiação, como o casal de mestre-sala e porta-bandeira Claudinho e Selminha Sorriso, os intérpretes Nino e Jéssica Martins, as ex-rainhas de bateria Neide Tamborim e Sonia Capeta, além do carnavalesco João Vitor Araújo. Na mesma ocasião, o troféu de campeã do Carnaval 2025, foi exposto no plenário como símbolo recente da grandiosidade da azul e branco.


— Esse momento representa muito para todos nós. É o reconhecimento da importância da Beija-Flor não só como escola de samba, mas como força cultural e social de Nilópolis— destacou o presidente da escola, Almir Reis.


Próximo desfile será sobre maior candomblé de rua do mundo


Em 2025, a Beija-Flor de Nilópolis será a segunda escola a desfilar na segunda-feira de carnaval. O enredo será Bembé do Mercado, maior candomblé de rua do mundo, celebrado há 136 anos em Santo Amaro da Purificação, no recôncavo baiano, com o qual tentará o bicampeonato.


A manifestação cultural e religiosa é reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2012 e do Brasil a partir de 2019. Agora a celebração pleiteia também o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.


Considerada uma das mais importantes manifestações de resistência e fé do povo preto no Brasil, a celebração é realizada desde 1889, um ano após a abolição da escravidão no país. O Bembé do Mercado reúne mais de 60 terreiros de matriz africana e promove, em praça pública, uma extensa programação cultural ao longo de cinco dias.


O ponto alto da celebração é o xirê, seguido pelo cortejo e pela entrega de presentes às orixás Iemanjá e Oxum, em agradecimento à liberdade conquistada após a assinatura da Lei Áurea.